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Ressurreição e a ascensão

Posted by Luan Marçal on 17:29 in , ,

Aluno: Luan Henrique Taveira Marçal

Disciplina: Teologia Sistemática I

Prof: Matthew George

Introdução:


A Ressurreição e a ascensão de Jesus Cristo é um marco importante na história do cristianismo. Isto prova que de facto, tudo o que foi preestabelecido na Bíblia, cumpriu-se por intermédio de Jesus Cristo; através da sua morte expiatória na cruz de Calvário e a sua ressurreição. São Marcos, e ao mesmo tempo da uma reviravolta gigantesca no percurso do homem com o seu Criador; ou seja, deixou de existir a barreira que dantes “obnubilava” o relacionamento de homem com Deus. Tudo graças àquilo que Jesus fez por nós. Em outras palavras, Ele veio ao mundo, e com a sua morte expiatória libertar-nos da escravidão do pecado. Ascendeu aos céus, de onde virá na Sua segunda vinda para levar a Sua Igreja, tal como foi descrito no livro de Actos 1. Estas são as grandes verdades, que todos nós (os crentes), precisamos reter para aguardar ansiosamente, o aparecimento de Jesus Cristo nas nuvens. Amén


Feitas estas análises e considerações, passaremos a descrever os pontos essenciais que o teólogo Wayne Grudem fez sobre esta temática, que é a ascensão de Jesus Cristo.


A ASCENSÃO


1. Cristo subiu para um lugar.


Logo no início deste subtítulo, Grudem começa por fazer uma abordagem e contexto geral sobre a ascensão de Jesus para os céus e como subiu e ao mesmo tempo uma idealização daquilo é o céu: É óbvio que não podemos dizer exactamente onde fica o céu. As Escrituras frequentemente relatam pessoas que subiram ao céu (como ocorreu com Jesus e Elias), ou descendo do céu (como os anjos no sonho de Jacó, (Gn. 28.12), de modo que somos justificados, em pensar no céu como algo “acima” da terra. Visto que a terra é redonda e tem rotação, somos simplesmente incapazes de precisar onde fica o céu. Mas a ênfase repetida no facto de que Jesus foi para algum lugar (assim como Elias 2 Rs 2.11), indica claramente que o céu está localizado no nosso universo de espaço e tempo (Será?). Aqueles que não crêem nas Escrituras podem zombar dessa ideia e tentar imaginar como isso poderia acontecer, como se deu como o primeiro cosmonauta russo que voltou do espaço e declarou que não havia encontrado Deus nem o paraíso em lugar algum, mas isso simplesmente mostra a cegueira dos seus olhos em relação ao mundo espiritual invisível; não indica que o céu não exista em certo lugar. Na verdade, a ascensão de Jesus serve para nos ensinar que o céu existe de facto como um lugar no universo de espaço e tempo.


Em suma, após a ressurreição de Cristo, ele esteve na terra por quarenta dias (Actos 1:3) e depois conduziu os discípulos para Betânia, fora de Jerusalém, e “erguendo as mãos, os abençoou. Aconteceu que, enquanto os abençoava, ia-se retirando deles, sendo elevado para o céu” (Lc 24.50).


2. Cristo recebeu mais glória e honra como Deus-Homem.


Feita a análise do primeiro ponto, já neste segundo ponto o Grudem começa por salientar a vitória de Jesus sobre a cruz, e de forma como Ele foi elevado sobre todos os nomes dos que existem na terra e no céu. Sustenta que quando Jesus subiu ao céu recebeu glória, honra e autoridade que não tinha antes, enquanto era Deus e homem. Antes da sua morte, Jesus orou: “... Glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que eu tive junto de ti, antes que houvesse mundo” (João 17.5). No seu sermão, no Pentecostes, Pedro disse que Jesus foi exaltado pela destra de Deus (Atos 2.33). Paulo declarou que Deus o exaltou grandemente (Fp 2.9), e que fora recebido em glória (1Tm 3.16; cf. Hb 1.4). Cristo está agora no céu, e coros angelicais cantam-Lhe louvor com as palavras: “Digno é o Cordeiro que foi morto de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor” (Ap 5.12).


3. Cristo assentou-se à destra de Deus (a sessão de Cristo).


Já neste terceiro ponto, o autor mostra o privilégio que Jesus alcançou diante de Deus, que foi o de se sentar à Sua dextra. Embora, na sua perspectiva tal facto, não implica que Jesus esteja perpetuamente “preso lá ou inactivo”. O facto de que Jesus senta-se agora à destra de Deus no céu não significa que ele esteja perpetuamente “preso” lá ou inactivo. Ele também é visto em pé, à direita de Deus (Actos 7.56) e caminhando entre os sete candelabros no céu (Ap 2.1). Assim como um rei humano se assenta em seu trono real por ocasião da coroação, mas depois se envolve diariamente em muitas outras actividades, assim Cristo assentou-se à destra de Deus como sinal de que a Sua obra redentora estava completa e de que recebera autoridade sobre o universo, mas Ele certamente encontra-se também envolvido em muitas outras actividades no céu.


Umas conclusões gerais deste subtítulo Grudem mostra, que um aspecto específico de Cristo ter subido para o céu e recebido honra é o facto de que Ele assentou-se à destra de Deus. Isso é às vezes chamado de sua sessão à destra de Deus.


O Antigo Testamento predisse que o Messias sentar-se-ia à direita de Deus: “Disse o Senhor ao meu senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos debaixo dos teus pés” (Sl 110.1). Quando Cristo ascendeu de volta ao céu ele recebeu o cumprimento daquela promessa: “... Depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas” (Hb 1.3).


4. A ascensão de Cristo tem importância doutrinária para nossa vida.


Obviamente que a ascensão de Cristo tem importância doutrinária para a nossa vida. Como descreve o teólogo Grudem, assim como a ressurreição tem implicações profundas para a nossa vida, do mesmo modo a ascensão de Cristo tem implicações significativas. Em primeiro lugar, visto que estamos unidos a Cristo em cada aspecto da obra de redenção, a ascensão de Cristo ao céu prefigura a nossa ascensão futura com Ele. “Nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor” (1Ts 4.17).

Credos e declarações de fé.

Credo apostólico:

"E em Jesus Cristo … que… ao terceiro dia ressurgiu dos mortos; que subiu ao céu e assentou-se à direita de Deus Pai Todo-poderoso …"

Os trinta e nove artigos – Igreja Anglicana:

IV "Cristo verdadeiramente ressurgiu dos mortos … subiu ao Céu, e lá está assentado …"

Confissão de Westminster – Igreja Presbiteriana:

Capítulo 8.4 "… ao terceiro dia ressuscitou dos mortos… Subiu ao céu, onde está assentado à destra do Pai…"

Confissão Baptista de New Hampshire:

IV "… tendo ressuscitado da morte, está agora entronizado no céu …"

Declaração de fé – Membros da Convenção das Assembleias de Deus em Portugal:

1 – Cremos no Senhor Jesus Cristo … na sua ressurreição corpórea, na sua ascensão ao céu …"

CONCLUSÃO E APLICAÇÃO

O trabalho foi muito interessante, porque permitiu-me desvendar muitas coisas que antes não tinham sabido e, também compreender melhor e de forma detalhada o pensamento do Grudem sobre a ascensão de Jesus Cristo. De facto, a ressurreição e ascensão de Jesus Cristo é um marco importante e ímpar na história do cristianismo e da humanidade. Porque foi através da sua morte e ressurreição/ascensão que conseguimos novamente restabelecer o contacto com o Pai através de Jesus Cristo. A ascensão de Cristo refere-se a que, no fim do seu ministério terreno, o Cristo ressurrecto foi elevado aos céus. Foi um momento de alegria para os discípulos, pois Ele lhes disse que deveriam ser suas testemunhas entre todos os povos da terra. Foi um momento de adoração, pois Ele os abençoou com as mãos estendidas e prometeu-lhes seu poder para a missão que lhes confiara.


A ascensão significa que a humanidade da criação de Deus na qual Jesus se esvaziou na encarnação (Fl 2:7) foi levada para a glória. Todas as coisas humanas podem ser redimidas dos efeitos, de modo que aquilo que Deus pretendia desde o começo agora podia ser obtido plenamente. Ascensão de Jesus Cristo significa que os cristãos nunca estão sem representação diante do Pai. Jesus, o grande Sumo-Sacerdote, agora vive na glória para interceder por seus irmãos e irmãs (Rm 8:34; Hb 7:25).


Em suma, a ascensão é o sinal de que Jesus virá novamente para receber seu povo (At 1:11). A descrição da ascensão é a afirmação dramática de que Jesus foi levado para o céu para estar com o Pai, com quem Ele reina desde então, agora e para todo o sempre.


Para concluir, voltando ao Grudem, a ascensão de Jesus, podemos agora compartilhar parte da autoridade de Cristo sobre o universo, e no futuro a compartilharemos na terra. É para isso que Paulo aponta quando diz que Deus “Juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus” (Ef 2.6). Não estamos presentes fisicamente no céu, é claro, porque actualmente permanecemos a terra. Mas se a sessão de Cristo à destra de Deus refere-se ao facto de que Ele recebeu autoridade para lutar contra as hostes espirituais da iniquidade nos lugares celestiais (Ef 6:12) e para batalhar com armas que têm poder divino para destruir fortalezas (2 Co 10:4). Essas são promessas surpreendentes de que iremos estar sentados com Cristo à destra de Deus, promessas que poderemos compreender plenamente apenas no mundo vindouro.


Obs: Trabalho apresentado a disciplina de Teologia Sistemática, eu apresentei esse trabalha na sala de aula, no dia 12 de Janeiro de 2009. Eu obtive ajuda do Tersio Vieira.


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